Um assunto que tem se discutido muito e preocupado especialistas é a depressão infantil, engana-se quem pensa que esse transtorno atinge apenas adultos e adolescentes. Infelizmente tem afetado crianças e esta ganhando espaço. Mas o que esta por trás desse transtorno?
É necessário se avaliar minuciosamente cada caso, os transtornos mentais poder ser associados a qualquer gatilho, experiências frustrantes, bullying, abandono, abusos físicos ou psicológicos, separação dos pais, morte de alguém muito próximo, morte do animalzinho de estimação, enfim são inúmeros os fatores desencadeantes.
É necessário também levar em conta o estilo de vida dessa criança. O que se observa atualmente são crianças com inúmeros compromissos, uma sobrecarga enorme que contribui para elevar o grau de estresse, dorme-se mais tarde, acorda-se mais cedo.
As crianças não brincam mais, ficam fechadas em ambientes como apartamentos e shoppings, usam aparelhos eletrônicos excessivamente, pouco veem a luz do dia, alimentam-se mal sob risco de aumento de peso, aumento da ansiedade e limitam-se ao contato social, além de conviver menos com seus pais. Infelizmente essa é a realidade das crianças desse mundo “moderno”.
A ciência já comprovou que há um fator genético, ou seja, quando há episódios de depressão na família, a probabilidade de a criança desenvolver algum transtorno mental aumenta consideravelmente. Se as vítimas forem mãe ou pai, as chances podem ser até cinco vezes maiores. Além disso, um distúrbio psiquiátrico mais comum em crianças são de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH), de conduta e de ansiedade, pode abrir precedente para outros. Estudos conduzidos em 2012 pelo Hospital das Clínicas (SP) mostram que mais de 50% das crianças ansiosas experimentarão, pelo menos, um episódio de depressão ao longo da vida.
Uma avaliação minuciosa se faz necessário para não correr erros de diagnóstico e de tratamento, ou mascarar os sintomas, neste caso podendo agravar o quadro. É importante frisar que o quadro depressivo de um adulto difere do de uma criança. No adulto a depressão vem com alterações de humor, falta de prazer em viver, dificuldade em executar tarefas, alterações no sono, apetite, tristeza profunda e em casos graves vontade de morrer.
Quando ocorre com crianças é mais difícil esse diagnóstico, elas nem sempre dão sinais tão característicos, neste caso é comum ela apresentar irritabilidade, agitação, explosões de raiva e agressividade, isolamento, sensação de culpa e melancolia. Portanto é de grande importância o acompanhamento de um profissional especializado.
DICAS DE BEM COM A VIDA
- Evite culpar seu filho por seus problemas;
- Converse com seu filho, mostre interesse no que ele faz, fortaleça os vínculos;
- Não permita que elas cheguem a exaustão, evite que ela durma tarde, principalmente se tem que acordar cedo.
- Acompanhe as tarefas escolares, pergunte se ele esta com alguma dificuldade na escola;
- Evite discutir na frente de seu filho;
- Não alimente sentimentos negativos na criança;
- Cuidado com as palavras, elas tem uma força tanto positivo e negativo, muito cuidado com o que você fala para a criança;
- Evite chamar a atenção da criança quando você estiver com raiva;
- Estresse do trabalho resolva, não transfira para a criança;
- Ensine o seu filho como reagir no caso de assédio moral (“bullying”). Exija que a escola tenha um programa preventivo contra essa agressão. Lei nº 13.185.
- Um alerta! Você será o fator importante neste diagnóstico, portanto conviva mais com seu filho, observe se ele mudou o comportamento, se esta se isolando ou com dificuldades na escola. Observe os sinais!!!!
- Caso perceba algo, procure um psicólogo.
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Atenciosamente.
Dilza Santos