A dor da perda é um momento melindroso, que em muitos casos leva ao desespero e o adoecimento, para uma mãe, um pai que perde seu filho, essa dor é mais intensa, afinal existe vínculos, laços de amor e nenhuma mãe ou pai pensa em enterrar seu filho um dia.
A dor da mãe que perde seu filho é tão grande que pode matar! Muitas mães relatam ser uma dor eterna e pensam que a morte é a saída para eliminar a dor. A perda de um ente querido afeta todos os membros da família e sua cicatrização é lenta, portanto é preciso muito cuidado com as palavras nesse momento, nunca se sabe o que a pessoa enlutada esta sentindo.
Uma coisa que se houve muito nesses casos é “eu sei o que você esta sentindo” infelizmente não sabe, esclarecendo que a dor de cada um é muito pessoal e neste momento alguns comentários não são adequados, não esqueça que esse é um momento muito doloroso para quem perdeu alguém.
A morte faz parte do ciclo da vida e vai acontecer em um determinado momento. Porém quando acontece nunca se sabe como agir. De acordo com a psiquiatra Elisabeth Kubler-Ross autora do livro “Sobre a Morte e o Morrer”. Existem cinco fases do luto (ou perspectiva da morte) que são:
Primeira fase – NEGAÇÃO: Neste processo o indivíduo nega a existência do problema;
Segunda fase é a RAIVA: Neste processo é comum expressar raiva, revolta, vê a situação como injusta;
Terceira fase é a BARGANHA: Neste contexto o indivíduo faz um pacto com si mesmo onde muitas vezes se volta para a religiosidade, revendo conceitos e reforçando suas promessas com Deus.
Quarta fase é a DEPRESSÃO: Essa é uma fase muito perigosa, onde esse sofrimento é intenso e com ele vem à tristeza, culpa, baixa autoestima, o isolamento e em alguns casos pode levar o indivíduo ao suicídio.
Quinta fase – ACEITAÇÃO: Neste o indivíduo começa a criar um rumo para as coisas, tenta enfrentar a situação com consciência e percebe a necessidade de um recomeço mesmo melindroso e com limitações.
Destaco que nem todas as pessoas seguem esta sequência de estágios, porém dois ou três estágios sim. Neste quadro é importante o papel do psicólogo para identificar em que estágio se encontra o paciente e com isso permitir que seja vivenciado esse luto.
Lembrando que o luto não é vivenciado apenas na morte de alguém, mas sim em outras situações da vida como: perda de um emprego, uma separação, um briga com a melhor amiga ou amigo, entre outros. Em todas as ocasiões da perda o apoio da família e amigos é extremamente importante, até porque não existe uma regra que diz como a pessoa vai enfrentar esse processo, cada caso é um caso, tem pessoas que enfrentam tudo sem graves problemas outras não.
DICAS DE BEM COM A VIDA
- Nunca fale “Eu sei o que você esta sentindo”;
- Esteja presente, seja amigo;
- Evite dizer “foi melhor assim”;
- Seja solidário;
- O luto precisa ser vivido, não exija que o outro esqueça e deixe sua dor de lado;
- Reconheça que o outro esta passando por um momento difícil;
- Foque na pessoa que esta vivendo a dor naquele momento;
- Procure orientação de um profissional para ajudar o enlutado;
- Não critique a dor do outro;
- Respeite as crenças e os valores que a pessoa tem, sem julgamentos.
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Dilza Santos